quarta-feira, 15 de outubro de 2014

De sua amiga e irmã de alma...

Era sábado de manhã e eu resolvi que antes de fazer qualquer coisa eu leria o roteiro do Anima. Comecei a ler e além de imaginar tudo aquilo diante dos meus olhos me senti dentro daquela história, como se eu já tivesse vivido aquilo, como um déjà vu sabe. Imagino que isso não seja uma exclusividade minha, pois a história de Rita e Alexandre não é fantástica é realista, são situações e sentimentos que a gente vive e presencia. Os personagens são imperfeitos como todos somos, ao ler eu senti um pouco de mim neles e um pouco deles em mim, e talvez por isso emocione tanto. Acho que Cinema é isso. Devo dizer que quando cheguei à cena da Rita e da Teacher, não contive as lágrimas. Talvez sim, por saber que farei parte dela, mas não foi só isso. É uma cena tão singela, mas carregada de sentimento. Eu me coloquei ali no lugar da Teacher e senti que tinha algo mais a falar para a Rita, queria acalmar o coração dela. Eu poderia dizer tudo que eu estava sentindo para a Rita que vive dentro de mim, mas naquele momento eu não era ela, estava do outro lado. 

Então resolvi escrever uma carta...

"Ritinha, 

Eu sei que não tem sido fácil pra ti e gostaria de lhe oferecer meus dois ombros caso precise desabafar. Se sentir vontade de chorar, chore. Se a maquiagem borrar, lhe empresto um lenço. Mas devo admitir que tu fica muito mais bonita quando abre esse sorrisão largo aí. Não vou dizer que entendo o que tu ta passando só pra te consolar, porque não é verdade, mas esse brilho melancólico que tenho visto em teus olhos me preocupa. E eu quero ajudar.
Tu tens um coração do tamanho do mundo, mas, por favor, não tente carregar o mundo dentro dele. É um peso grande demais e vai acabar não sobrando espaço pra você mesma. Eu acho linda a forma como você se doa às pessoas e á tudo que faz. Sei que não espera algo em troca, mas às vezes lhe falta uma resposta, é natural. Não acho que tenha que mudar em nada Rita, você é incrível do jeito que é, e só tem evoluído como pessoa desde que te conheci. Só penso que talvez deva rever as suas relações, pensar mais em você.
Isso não é sobre o Alexandre, sobre teu trabalho ou tua família. É sobre você. Já parou pra pensar quem é essa mulher que se esconde atrás de uma taça de vinho? Deveria tentar. Estou certa de que descobriria coisas maravilhosas. :)

Um beijo honey, conta comigo!

De sua amiga e irmã de alma...

Dora."


quinta-feira, 10 de abril de 2014

"A Conquista" tem data de lançamento

Filme será lançado no dia 6 de maio na Universidade Federal da Fronteira Sul.

As nuances de uma história marcada por incoerências sociais e valores culturais que oprimem e limitam o pensamento crítico da coletividade. Uma análise social sobre como o poder construído em uma cidade gerou uma série de contradições enraizadas na cultura desde os tempos de colonização, permeando momentos históricos até se materializar no município de Chapecó atual. Esta é a temática do documentário de longa-metragem “A Conquista”, dirigido pelos jornalistas Camila Arruda e Julherme J. Pires, estudantes do último ano da graduação durante a produção do filme no ano passado. Tendo como premissa uma das funções das representações do documentário de aprofundar, desencobrir e construir uma multiplicidade de olhares, “A Conquista” busca suscitar um debate através da linguagem cinematográfica que já acontece nas entrelinhas da comunidade chapecoense.

O município de Chapecó, considerado a capital do Oeste Catarinense, é tido como referência de desenvolvimento e qualidade de vida. Contudo, a narrativa busca trazer à luz uma série de invisibilidades, valores distorcidos, incoerências sócio-políticas extremistas e desigualdades latentes que se reproduzem e permanecem silenciadas por um discurso desenvolvimentista. A narrativa apresenta Chapecó desde a colonização que iniciou um processo de segregação entre colonos, índios e caboclos. Traz um importante resgate histórico e crítico do marcante episódio do Linchamento até chegar na morte do vereador Marcelino Chiarello. O filme é permeado pela reflexão acerca da estrutura social e política pautada em pensamentos positivistas que nortearam o desenvolvimento da cidade.

O filme busca uma montagem longe da objetividade de uma reportagem e constrói um mosaico entrelaçando o passado e o presente, como um grande personagem a ser conhecido, analisado e compreendido: o município de Chapecó. O longa é dividido em quatro capítulos, "História", "Cultura", "Progresso" e "Luzes" personificando as análises através de 14 personagens principais. Escolheu-se apostar na potência do documentário contemporâneo que é singularizar personagens dando corpo às asserções. O ponto de vista social é transmitido em entrevistas que olham para trás e fazem um paralelo com o que se configura como sociedade chapecoense na atualidade. A trilha sonora original composta e produzida pela banda Estação do Rock, tem um papel poético na construção dos sentidos no filme, ela diáloga com os demais elementos que compõe a narrativa.

“A Conquista” é resultado de um projeto experimental produzido no ano passado como requisito para a conclusão do curso de Jornalismo. A obra, produzida em parceria entre a Caju Líquida e a Experiência Audiovisual Universitária, será lançada no dia 06 de maio no auditório B da Universidade Federal da Fronteira Sul, às 19h30 com entrada gratuita. Após a exibição do filme haverá debate com os entrevistados do filme Claiton Marcio da Silva, Leonardo dos Santos, Mônica Hass e com os produtores do filme.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Antes Dos 20 e Tantos: "Cinema é terapia"

Em 2014, a Experiência Audiovisual Universitária irá apresentar um curta-metragem de ficção dirigido por Sabrina Zimmermann. Antes dos 20 e Tantos conta uma história de transformação. O filme é estrelado por Daniela da Silva.

Ficha Técnica:
"Antes dos 20 e Tantos"
Experiência Audiovisual Universitária
Direção de Sabrina Zimmermann
15 minutos
2014

Sabrina escreveu um texto explicando como foi o processo criativo da produção e como o filme tem a ver com sua própria experiência de vida:


Cinema é terapia
Por Sabrina Zimmermann

A melhor recomendação que qualquer professor de roteiro pode dar a alguém é: escreva sobre o que você conhece. É claro que você pode usar a criatividade, inventar, fazer graça e mudar aquela realidade para parecer mais interessante, mas a base de qualquer história que você queira contar começa com a sua própria experiência, e a maneira como você mesmo vê o mundo. Claro que muita pesquisa sobre o assunto e imaginação contribuem demais, para então, você encontrar uma história boa o suficiente que ninguém além de você possa contar. 

 No ano de 2010 me formei no terceiro ano do Ensino Médio, e no mês de agosto do outro ano ingressei na faculdade. Duas realidades totalmente diferentes, e apesar de ter passado seis meses me preparando, nunca estamos prontos até vivermos o que precisamos viver. Foi um choque, uma explosão. Onde as pessoas que você tem contato são todos maiores de idade, que já são donos do próprio nariz, e você apenas uma menina que não sabe nada sobre a vida, mas tem muita vontade de aprender. Apesar de tudo, me encontrei. 

Mas como diz uma amiga: "A vida não é um morango". Deparei-me com um momento em que não tive mais certeza se era aquilo que queria, se era realmente capaz do que pretendia. Frustração sob frustração, minha carreira profissional, e o que haviam me dito de que eu era uma boa líder e dedicação é tudo, entrou em conflito, não sabia mais que rumo seguir, para que lado ir. Mas foi preciso me perder para poder me encontrar. 

Apesar de o ano de 2012 ter sido um dos anos mais estranhos da minha vida, tudo o que eu vivi foi extremamente necessário para minha construção enquanto ser humano. Me livrei de muitos preconceitos e me permiti conhecer coisas das quais antes não estava preparada para conhecer. Cada pessoa tem seu caminho para trilhar, e é importante aproveitá-lo ao máximo, sem arrependimentos, e sem seguir as sombras. É preciso seguir a própria luz. 

Tenho um talento um tanto quanto natural de sempre estar deslocada independente de onde eu esteja. Me sinto como se não fizesse parte de nada. Mas ao mesmo tempo que me sinto velha, olho pro lado e percebo o quão nova sou. E apesar de viver cercada de pessoas das quais adoro e me sinto bem estando perto, sempre estou sozinha em meu mundo. 

O cinema é terapia, e como um amigo me disse que esse filme era um docudrama, não concordo, apesar de ele ser inspirado em algumas coisas das quais vivi e conheci, trata-se de um filme sobre uma crise antes dos 20 e tantos.



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

"A Conquista" cruza passado e presente de Chapecó

O coletivo Experiência Audiovisual Universitária tem o orgulho de apresentar, em co-produção com Caju Líquida, o documentário "A Conquista". Obra do Projeto Experimental* dos estudantes de jornalismo da Unochapecó, Camila Arruda e Julherme J. Pires, o filme traça um paralelo entre passado e presente do município de Chapecó. Durante os 90 minutos, fatos como o processo de colonização da região, a queima da igreja e o consequente linchamento dos quatro presos são cruzados com a cidade do progresso e do desenvolvimento, sustentada ideologicamente na atualidade.

A violência é um dos temas observados durante todo o filme, desde a expulsão de índios e caboclos de suas terras, no início do século XX, até o silenciamento de lideranças políticas e sociais, como foi o caso do vereador Marcelino Chiarello, em 2011. Neste traçado também estão presentes retratos culturais, pontos de vista de um município consagrado pela sua diversidade e por uma elite conservadora.

Ficha técnica
"A Conquista"
Caju Líquida / Experiência Audiovisual Universitária
Direção de Camila Arruda e Julherme J. Pires
90 minutos
2014

*Projeto Experimental é um produto desenvolvido para a disciplina de Projeto Experimental II baseado em uma pesquisa que acontece durante todo o ano. O produto deve ser calcado em teoria acadêmica.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Locais e horários das apresentações no Expocom


Como informado no post abaixo, os estudantes que desenvolveram o Viral tiveram seis papers aprovados no Prêmio Expocom deste ano. Veja onde e quando eles farão as suas apresentações. O Intercom Sul 2013 irá acontecer entre os dias 30 de maio e 1º de junho na Unisc, em Santa Cruz do Sul (RS).

CA05 - Roteiro de ficção avulso ou seriado – quinta-feira – sala 1831 – 16h10 às 17h30
Roteiro do Seriado Viral / Sabrina Possan Zimmermann

PP10 - Cartaz avulso – quinta-feira – sala 1828 – 14h às 15h40
Cartaz Viral / Maira Gosch

PP12 - Publicidade em mídia digital avulso ou conjunto – quinta-feira – sala 1809 – 16h às 17h40
Seriado Viral - Campanha para mídia digital / Alan Ricardo Dal Pizzol

PT02 - Design Gráfico avulso – sexta-feira – sala 1819 – 15h40 às 17h20
Design Gráfico Viral / Débora Luiza Pires D’Ávila

RT04 - Ficção Seriada – Telenovela, Séries Televisivas e afins seriado - sexta-feira – sala 1826 – 15h30 às 15h50
Viral / Letícia Caovilla

RT05 - Produção Audiovisual para mídias digitais avulso ou seriado - sexta-feira – sala 1818 – 14h às 15h40
Webseriado Viral / Julherme José Pires

Para consultar a programação completa, clique aqui.